domingo, 27 de maio de 2007

LIVRO DA SEMANA
Clube da Luta - Chuck Palahniuk

Fica difícil falar sobre o livro sem falar sobre o filme que ele gerou. Ambos se completam ambos se acrescentam e ambos são fundamentais. Muito do que é tratado no livro é feito de maneira diferente no filme e vice-versa. Muito do que há no livro não há no filme e vice-versa.
No livro, mais do que no filme, tudo é seco, árido e desesperançoso. Talvez em inglês o efeito seja um pouco diferente e mais eficaz, já que a língua inglesa, por si só, não é mesmo poética nem melódica (falo, é claro, da "sonoridade". Não quero dizer, obviamente, que não seja possível construir poesias em inglês); mas em português, a narrativa não flui: vai aos solavancos, cheias de frases curtas que parecem brigar entre si. Apesar desse efeito traduzir bem o que vive o personagem principal que está o tempo todo como que preso em um sonho, dizendo o tempo todo que não sabe o que é real; isso tudo, o tempo todo, incomoda o leitor e deixa a leitura desconfortável.
Não que isso seja uma desvantagem. É claro que não. Mas no filme o humor era fundamental. Não um humor qualquer, mas um sórdido e sujo que te faz rir trincando os dentes. Lendo o livro, se algo lhe parece engraçado, você, antes de tudo acha que não entendeu bem. Volta, lê de novo e (talvez) só aí ri. Nervoso. E não relaxa.
O filme te convida e te aproxima do que fala. O livro te distancia e não te deixa entrar. E isso, claro, só aumenta a sensação de desespero e o incômodo da situação. No livro, a prioridade é a mensagem, o que há a ser dito. E nisso ... nisso ele é forte. Muito mais forte do que o filme. É forte e é denso. O texto é compacto e vai direto ao assunto. O livro tem pouco mais de 200 páginas, mas só porque os tipos são grandes. É um livro que você lê em uma tarde e que não vai lhe deixar dormir, pode acreditar.

2 comentários:

Anônimo disse...

Eu assisti o filme...mas achoq num leria o livro.
hiuuuuuu
velhooooooo!!!!
bjos
hehehehe

Anônimo disse...

Não consegui baixar o livro...