E-BOOK DA VEZ:

Incidente em Antares. Por Erico Veríssimo.

Numa sexta-feira 13, em 1963, sete pessoas morrem em Antares. Mas os coveiros estão em greve, e os defuntos, insepultos, vagam pela cidade vasculhando a intimidade de parentes e amigos. Em sua condição de fantasmas, podem denunciar à vontade os segredos dos mandantes locais.
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Érico Veríssimo (1905-1975) Érico Lopes Veríssimo nasceu em Cruz Alta, RS, a 17 de dezembro de 1905. Trabalhou em um banco e foi sócio de uma farmácia, antes de estrear na literatura em 1928, com o conto ´Ladrões de gado´, publicado na Revista do Globo. Logo se tornou Secretário do Departamento Editorial da Livraria do Globo e, em 1932, iniciou propriamente sua carreira literária com a edição de ´Fantoches´. Em 1934 recebeu o Prêmio Machado de Assis, pelo livro ´Música ao longe´, e no ano seguinte foi premiado pela Fundação Graça Aranha, por ´Caminhos cruzados´.

Mas sua popularidade nacional começou com ´Olhai os lírios do campo´, de 1938 (que mais tarde seria adaptado para a televisão). Sua carreira ultrapassou os limites da produção pessoal para assumir a missão de divulgar a literatura nacional pelo mundo. Veríssimo passou a realizar cursos e conferências sobre o assunto em diversos países e seu prestígio o levou ao cargo de Diretor do Departamento de Assuntos Culturais da OEA (Organização dos Estados Americanos), em 1953. Também para a Globo, traduziu mais de 50 livros, do inglês, francês, italiano e espanhol. Seu trabalho mais importante foi ´O tempo e o vento´ (1949-1962), dividido em três partes: ´O continente´, ´O retrato´ e ´O arquipélago´. Érico morreu em Porto Alegre, a 28 de novembro de 1975, quando escrevia o segundo volume de ´Solo de clarineta´, sua autobiografia.